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Dedicação

Queria agradecer a todas as pessoas que mencionaram e insistiram pelo começo deste blog e, principalmente, às minhas divas.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A carta

Querido príncipe,


Quero poder olhar o céu de outra maneira, da maneira que ainda nunca ninguém o conseguiu imaginar ou como só tu imaginaste um dia.

Vou imaginá-lo... Como se ele tivesse a cor dos meus olhos, uma cor simples e ao mesmo tempo tão bonita e brilhante, não opto por ser convencida, mas é uma mistura de realidade para os meus pensamentos.

Os meus olhos são azuis, mas percebe o contexto destas frases e verás que ao mesmo tempo a cor não é a mesma, pois não quero que desenhe apenas nuvens, quero que desenhe um paraíso de amor, desenhe um sorriso cheio de cor como um arco-íris, com uns lábios tão salientes como tu.

Quando amanhecer não, não deverá ser por causa de uma tal estrela, como o Sol, mas sim um relógio que eu consiga parar no meu pensamento, sempre que estiver num dos melhores momentos da minha vida. Talvez contigo. E, quando chegar o escuro, quando o relógio desaparecer, não quero pensar mais na luz, quero pensar que haverá um depois, sim, mas que naquela escuridão eu vou deixar o medo de lado e vou dar as mãos bem apertadas. A ti. Porquê a outra pessoa? O único ser nesta vida que, um dia, consegui confiar a 100% foi em ti, em mim, em nós.


Cada dia, que não é um dia, é uma espécie de furacão que nos prende e não me deixa controlar o meu mundo, sem ti...

Mas já aprendi, nenhum príncipe é mais encantado que aquele que o que nosso coração escolhe, ainda não percebi a decisão do meu, nem sei se acredita no destino, mas o verdadeiro é aquele que penso todos os dias, com quem eu quero estar e desespero a pensar, talvez impossível de acontecer ou acreditar.

Quero poder olhar o céu de outra maneira, da maneira que ainda nunca ninguém conseguiu tocar verdadeiramente como tu, com as palavras certas, admito.


Com afecto,

o teu anjinho.

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Companhia de uma noite

«Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.»


Hoje decidi abordar a solidão e toda a vida completa em que algumas pessoas vivem, deixando um pouco para trás o tema que tanto tenho transmitido. Todos nós, por vezes, necessitamos de uma agradável conversa com alguém que nos é desconhecido, faz-nos sentir melhor, pois nem sequer a conhecemos.

Com todas as reacções do Homem, na Natureza, surpreende-me o facto de conseguirem alcançar um além improvisado, mais que as suas expectativas mas, no meu parecer, torna-se um ambiente um pouco estranho de idealizar.

Poderiam existir apenas duas, e únicas, personagens, apenas num conto... o que sobressairia realmente toda a história obtida por um alguém.

Nas ruas, um vagabundo somente se interessa na companhia porque, todas as noites, como habitual, o mendigo que me abordou exerceu sempre a mesma acção. Creio que este indivíduo não gosta, totalmente, de vaguear sozinho, como qualquer outro ser, até porque me diz que tem certo medo do escuro, sem qualquer tipo de explicação. Meramente pode parecer que uma noite, juntamente com uma companhia, para uns pode não significar nada, mas este sujeito sente-se tão só que já se imagina a falar com cada pessoa que surja na sua direcção, aceitando sempre a sua condição física e psicológica, como aconteceu comigo.

Pelo contrário, outra pessoa pode não aceitar esses pequenos pormenores, provavelmente, quando o observa tem pensamentos impróprios.
Contudo, sem repetir mendigo, o Sr. Gilberto... este tentou agarrar um pouco da minha companhia, mesmo tendo corrido riscos, também pouco lhes resta, mas transmitiu-me um pouco do exterior e manifestou uma grande energia que, por momentos, me fez pensar e englobar tudo de maneira diferente.
Pronunciou que não sabia para onde ir, nem sequer tinha orientação e, sabendo que dorme todos os dias sozinho, as pessoas nem tão-pouco têm a tentação de pensar que todos eles podem ter medo de algo.
O seu país era a noite, não contendo prazer, nem sendo espontâneo, talvez só quisesse sorrir com alguém, comigo e saber que brilhava sem emaranhar acontecimentos, pois ficava perturbado quando eu me ia embora, todas as noites.
E, assim, questionei «não necessita de um “empréstimo”?», de seguida me recitou «…a única compensação que lhe peço é só companhia», imediatamente, expressando todo o seu alívio por estar com alguém.

Por mais incrível que pareça, cada um de nós já obteve um passado agradável, conquistou pensamentos positivos e acolheu momentos interessantes para serem relembrados e talvez ainda desfrute de um benéfico presente... porém, se um dia vivermos à custa de uma rua, de chuva, frio, mau cheiro, imagens deprimentes, caixotes de lixo, com falta de uma sombra, amor, sorrisos, um alguém com quem desabafar e apertar, chorar... conseguem lidar com tudo isso ou ficariam sem forças para alcançar a felicidade?

Catarina Martins