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A minha foto
http://sickinaninstant.tumblr.com/ .tenho cócegas no céu da boca

Dedicação

Queria agradecer a todas as pessoas que mencionaram e insistiram pelo começo deste blog e, principalmente, às minhas divas.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Dei por mim a transportar um sentimento instável, nunca sentia a falta de me deixar de ti... sentia somente que não chegava, que nós não éramos fortes o suficiente.

Actualmente, tudo me deixa tranquila.

Espera, não te iludas com expectativas negativas. Além do mais, só quero que te sintas bem pela satisfação que me trazes. Como me amimas, lisonjeias, como me deixas feroz para gritar contigo mas tu compreendes que eu não quero gritar.

Começo a perder-me na mensagem que te planeava transmitir.

Hoje, houve circunstâncias que não me deixam simular, que me fizeram sentir mal. Disse algo... algo que na altura não foi perspicaz dentro do meu próprio pensamento. Na realidade, não eram totalmente as palavras pronunciadas que tentei que afrouxassem.

Conquanto discreta, neguei a mim mesma como se a minha fortuna me deixasse cega, naquele engano lego. Um equívoco de meros instantes.

Adoraria sentar-me numa almofada felpuda, debruçar-me ao redor de todos os meus peluches, conforme a sua direcção e cruzar os braços para magicar como se alguém me ouvisse.

Porventura, num nível mais ou menos subconsciente, desculpa... mas desculpa se te disse o que não devia, se te magoei com palavras inocentes, perturbadoras e assim ruins. No fundo, gostava que fosses coerente comigo e voltasses a dar muito de ti, semelhante ao primeiro dia que me olhaste com uma abundante intensidade... “Eu fico aqui no sofá, está quentinho, vão vocês... Eu também fico!”.

(...) Mostra-me o teu amor... e esse não está em nós dá-lo ou quitá-lo, e tu tem-lo.

P.S. - Gosto de ti!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sem título

«Ninguém é de ninguém, mesmo quando se ama alguém.»

Intervém no tempo que eu mais nego, fazendo esquecer tudo o que eu sonhava. Não existe o chamado “pensar em mudar”. Pois as criaturas não inovam quando é oriundo de um desejo. É uma relíquia mudar com o tempo... esse tempo sofisticado que teima em perdurar.
É o passado da fruta que colhemos e eu não consigo fugir à tua vontade.
Torna-me lenta num passo acelerado por mais que não o planeie e, quando o tempo avança, dou por mim.
Estou embuchada deste carrossel, parece que voltas bisadas se tornam permanentemente dissemelhantes.
Este cronómetro arrasta-me, o tempo não falece, o por do Sol está imóvel a olhar-me... ou será que eu é que o admiro? Talvez seja tudo ou nada. Possivelmente não seja quase nada. Cada vez os sentidos se tornam mais exíguos. Eu sei ser potente, a minha força é perene.
Consigo desprezar o que não quero recordar, porque o que arde cura e tu ardeste, mesmo persistindo contra mim.
És-me agora algo indiferente. Independentemente de tudo, eu não mudo... Já não me tens para tudo, que azar! Nem te notifico, agora componho, possuo e desfruto. De consciência limpa ao avançar da tua existência ingrata, porque me perdes a cada segundo.
Mais tarde irás ver-me como nunca. Não sou o que pensaste, o que imaginaste... seria único, um privilégio. Igualmente, cada segundo valeu a pena.
Ao arriscar ser o teu ideal, fui o oposto do que planeavas, entusiasmei-me por acontecimentos verídicos. Apaixonei-me por uma revolução inexistente e não por quem pretendia agradar.
Vou ser eu, como agora! Porquê? Porque a única pessoa que pretendo agradar agora, são os meus olhos.

Ninguém me comanda, pois é proibido proibir.

sábado, 30 de outubro de 2010

Está totalmente sumido!


Parece que tudo se revolta contra a minha mente, o meu estado de espírito torna-me a cada dia mais discrepante sem me soltar, sem me deixar viver à minha maneira. E experimento, sinto. Sinto que não contenho nada para transmitir, para patentear neste entusiasmo repleto de sentimentos.

Estou fatigada. Ninguém compreende o que é viver e só ensaiam para a próxima acção para um filme entusiástico - Parar a vida sem que ela possa ser parada.

Vivem à base de conflitos e complicações.

Só queria que qualquer um atingisse o meu ponto de vista, nesta circunstância... mas que percebessem mesmo que o Mundo é o efeito das nossas mentes, do que nós queremos e actuamos sobre ele, fazendo dele a pessoa que somos, que nos tornámos até então à medida que a vida passa.

Não é cruel? Não é injusto?

Suposto pois que sim, nada se resolve da forma que nós queremos. A vida tem destas coisas e, assim, aprendi a apreciar o que é inconstante... pois isto não se resolve. Revoltaste, indisciplinadamente, sem qualquer razão... mas o Mundo é que tem responsabilidade de nos fazer felizes. É “Ele” que tem culpa, mas foi conforme tu o tornaste, incompreensível.

Está totalmente perdido!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nunca mais


Contive tanta saudade, uma recordação, um sufoco que o tempo jamais varrera... parecia que nada voltava, constantemente a folha caída sem que o vento a afastasse dos meus olhos, basicamente sempre a mesma merda! Paixão ardente que não me vai perseguir até ao caixão. Um olhar que me deseja mas não me abrange. Um envolvimento inacabado mas que possivelmente chegou. Uma realidade, ouvida e vista, mas que não passa de desilusão. Uma visão que predomina nos meus olhos mas que me nega a verdade. A mágoa que deixara mas que me altera a cada dia.


Catarina Martins

sábado, 25 de setembro de 2010

Parabéns Beatriz!



Um dia farei da nossa história de amor, um diário... e foi esta frase que um dia me conquistou ainda mais e me fez sorrir, ver o quanto eras especial para mim, deu-me asas para achar que merecias algo mais do que eu te poderia dar.
Só quero que saibas, porque sou muito sincera contigo, que só estou a escrever isto por estar na aula de História, o que significa que é realmente uma seca constante que me persegue, ainda assim (...)!!!
Hoje significa que é um dia com significado, vá especial... talvez não. Mas não quero que penses que vamos comemorar um dia estúpido a que chamam aniversário só porque fazes anos, mas sim à pessoa que és! No entanto, mais que isso, és alguém muito importante para mim, mas eu também sou muito mentirosa, falsa, cínica, etc. né?
Tirando as falsidades todas, és uma pessoa que posso dizer que tem um significado muito forte, pois em poucas palavras é tão difícil caracterizar-te ou exprimir tudo o que gostaria de te dar.
Acho que muitas das coisas que passámos fazem-me pensar e nunca esquecer todos os obstáculos que nos juntaram. Todas as acções más, poucas felizmente, mas graves infelizmente ou não, tornaram-nos sempre mais fortes apesar de cada sofrimento passado, cada mágoa dolorosa... e eu valorizo tudo, mas com tanta intensidade... e eu sei que me admiras, mas não só por isso, pois sei que há muitas coisas em mim que tu não gostas, porque no meio de tanta virtude, existem muitos defeitos, admito. E tu, és a primeira a dizer-mo!
Cresci, crescemos juntas, mas houve tanta coisa que fizemos, superámos, aturámos, resmungámos, aliás tudo nos fez reagir e que juntas valeria mais que uma vida, talvez fossem precisos dois livros para suportar esta história.
Há imagens, recordações que não esqueço que se apoderam da minha mente e me deixam, por vezes, com muita saudade.
Eu sou sempre muito estúpida a escrever-te estes textos ou a falar e quando me pedes para ser querida, não é minha pinguinha?
FOGO! A Kika é uma brincalhona mas desta vez estou a ser diferente, HEIN BATE PALMAS!!
Só queria ter-te comigo até ao meu fim, como te disse, porque sou agora a Xena, a princesa guerreira, e é apenas uma desculpa para te proteger.
Eu agora quero é estar contigo para nunca te perder e para te poder levar um dia à Tunísia e depois trocar-te por camelos, mas volto a correr para Portugal, porque já sei que me vêem devolver-te.
Sabes algo que nunca esqueço? As luzes estão no céu e chamam-se estrelas, a minha, na Terra, chama-se Beatriz. Talvez seja lamechas mas não entendes mesmo o quanto te dou valor e o lugar que tens no meu coração.
Eu sei que todo o esforço que faço é para teu bem e também para ficarmos mais perto devido a eu ser inteligente porque junto o útil ao agradável!
Estou a escrever mas eu sei que hoje com tanto pouco tempo para gastares o teu dia de aniversário, não vais ler até ao fim mas eu amo-te e custa-me dizer-te esta palavra porque nada dela me toca mas gosto mesmo muito de ti, como uma irmã que tu és para mim, sabendo que és realmente minha amiga, uma princesinha linda, pois eu sou a tua rainha KAKAKA

Obrigada por existires, mesmo sabendo que aos amigos não se agradece!

P.S.- PARABÉNS!



Não consegui resistir, não costumo postar algo que não é explicito ou que seja dedicado a alguém mas tu, tu mereces!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A carta

Querido príncipe,


Quero poder olhar o céu de outra maneira, da maneira que ainda nunca ninguém o conseguiu imaginar ou como só tu imaginaste um dia.

Vou imaginá-lo... Como se ele tivesse a cor dos meus olhos, uma cor simples e ao mesmo tempo tão bonita e brilhante, não opto por ser convencida, mas é uma mistura de realidade para os meus pensamentos.

Os meus olhos são azuis, mas percebe o contexto destas frases e verás que ao mesmo tempo a cor não é a mesma, pois não quero que desenhe apenas nuvens, quero que desenhe um paraíso de amor, desenhe um sorriso cheio de cor como um arco-íris, com uns lábios tão salientes como tu.

Quando amanhecer não, não deverá ser por causa de uma tal estrela, como o Sol, mas sim um relógio que eu consiga parar no meu pensamento, sempre que estiver num dos melhores momentos da minha vida. Talvez contigo. E, quando chegar o escuro, quando o relógio desaparecer, não quero pensar mais na luz, quero pensar que haverá um depois, sim, mas que naquela escuridão eu vou deixar o medo de lado e vou dar as mãos bem apertadas. A ti. Porquê a outra pessoa? O único ser nesta vida que, um dia, consegui confiar a 100% foi em ti, em mim, em nós.


Cada dia, que não é um dia, é uma espécie de furacão que nos prende e não me deixa controlar o meu mundo, sem ti...

Mas já aprendi, nenhum príncipe é mais encantado que aquele que o que nosso coração escolhe, ainda não percebi a decisão do meu, nem sei se acredita no destino, mas o verdadeiro é aquele que penso todos os dias, com quem eu quero estar e desespero a pensar, talvez impossível de acontecer ou acreditar.

Quero poder olhar o céu de outra maneira, da maneira que ainda nunca ninguém conseguiu tocar verdadeiramente como tu, com as palavras certas, admito.


Com afecto,

o teu anjinho.

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Companhia de uma noite

«Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.»


Hoje decidi abordar a solidão e toda a vida completa em que algumas pessoas vivem, deixando um pouco para trás o tema que tanto tenho transmitido. Todos nós, por vezes, necessitamos de uma agradável conversa com alguém que nos é desconhecido, faz-nos sentir melhor, pois nem sequer a conhecemos.

Com todas as reacções do Homem, na Natureza, surpreende-me o facto de conseguirem alcançar um além improvisado, mais que as suas expectativas mas, no meu parecer, torna-se um ambiente um pouco estranho de idealizar.

Poderiam existir apenas duas, e únicas, personagens, apenas num conto... o que sobressairia realmente toda a história obtida por um alguém.

Nas ruas, um vagabundo somente se interessa na companhia porque, todas as noites, como habitual, o mendigo que me abordou exerceu sempre a mesma acção. Creio que este indivíduo não gosta, totalmente, de vaguear sozinho, como qualquer outro ser, até porque me diz que tem certo medo do escuro, sem qualquer tipo de explicação. Meramente pode parecer que uma noite, juntamente com uma companhia, para uns pode não significar nada, mas este sujeito sente-se tão só que já se imagina a falar com cada pessoa que surja na sua direcção, aceitando sempre a sua condição física e psicológica, como aconteceu comigo.

Pelo contrário, outra pessoa pode não aceitar esses pequenos pormenores, provavelmente, quando o observa tem pensamentos impróprios.
Contudo, sem repetir mendigo, o Sr. Gilberto... este tentou agarrar um pouco da minha companhia, mesmo tendo corrido riscos, também pouco lhes resta, mas transmitiu-me um pouco do exterior e manifestou uma grande energia que, por momentos, me fez pensar e englobar tudo de maneira diferente.
Pronunciou que não sabia para onde ir, nem sequer tinha orientação e, sabendo que dorme todos os dias sozinho, as pessoas nem tão-pouco têm a tentação de pensar que todos eles podem ter medo de algo.
O seu país era a noite, não contendo prazer, nem sendo espontâneo, talvez só quisesse sorrir com alguém, comigo e saber que brilhava sem emaranhar acontecimentos, pois ficava perturbado quando eu me ia embora, todas as noites.
E, assim, questionei «não necessita de um “empréstimo”?», de seguida me recitou «…a única compensação que lhe peço é só companhia», imediatamente, expressando todo o seu alívio por estar com alguém.

Por mais incrível que pareça, cada um de nós já obteve um passado agradável, conquistou pensamentos positivos e acolheu momentos interessantes para serem relembrados e talvez ainda desfrute de um benéfico presente... porém, se um dia vivermos à custa de uma rua, de chuva, frio, mau cheiro, imagens deprimentes, caixotes de lixo, com falta de uma sombra, amor, sorrisos, um alguém com quem desabafar e apertar, chorar... conseguem lidar com tudo isso ou ficariam sem forças para alcançar a felicidade?

Catarina Martins

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quem mais jura, mais mente!

Eu só queria puder estar contigo em qualquer lugar e abraçar-te... Queria olhar para o céu e ver-te a olhar para mim.
Na verdade, por mais que o tempo passe, eu ainda penso em ti, mesmo que o queira negar a mim mesma, sei que somente me engano.


Talvez seja comodismo, mas queria ter-te só para mim, até ao meu fim, perder-me no teu desejo e, especialmente, perder-me em mim, por completo.
Seria um bom futuro, provavelmente... pois, mesmo quando estás longe, é pelo teu nome que eu chamo, antes de adormecer.
És, por vezes, a razão do tudo e do nada e não consigo compreender porque contigo me sinto bem e mal ao mesmo tempo, porque me abranges quando alguém me tenta fazer mal, porque me persegues quando tento rejeitar os teus olhos, porque me pronuncias que gostas de mim de uma forma especial? Porque tenho tanta vontade, desde sempre, de acordar contigo do meu lado, se já nada é igual?
E se me compreendesses? Seria um bom começo, mais que isso, cobiçava que me agarrasses com força na mão, como seguraste um dia a tua vida, quando nasceste, e sussurrasses que eu sou a tua menina, como um dia mo disseste e, por momentos, recordo quando me explicaste que permanecia algo em mim que me tornava especial...
Talvez, depois de tudo, não tenhas noção de muitas palavras que me proferiste, por falta de carisma, pois tudo me deixou com a chama que um dia deixaste acesa e que hoje a escorraças cada vez mais, como se o incondicional te passasse ao lado.
Era lindo ouvir-te murmurar que me adoravas e hoje, sem incerteza, é tão triste saber que, previamente, nada existe.
Magoaste-me como se não quisesses saber do meu chão e, quando tentei apreender o que fazer, tu nem tencionaste saber. São tantos ingredientes na mesma salada amarga e crespa que me aguardam no pensamento.
De tudo, não perdia um segundo para te ligar, unicamente para dizer o quão gosto de ti.
Sei que não sei como existiam conversas até de madrugada, pois o nosso mundo girava sempre sem parar, o porquê de adormecermos de rastos e o porquê de aguardares sempre pela minha última palavra.
O tempo correu e muitas coisas que me mostraste ainda magoam ou palavras que nunca esqueci que ainda hoje me fazem sorrir.
E, com tudo isto, tenho a relembrar-te que, quando me quiseres e desejares, eu vou cá estar, mas quando precisares de mim, eu irei embora.
Mais do que possas magicar, em todas as circunstâncias, contive o medo de te perder, que me revelasses que tudo iria acabar.
Por fim, perdi esse medo, pois tudo acabou... talvez com um ponto, mas sem final.
Dar, para nós, nunca foi resposta ao ganhar, mas dá mais ainda, muito mais do que qualquer coisa uma chance ao amor, pois aí, ganharemos os dois juntos.
Nunca te esqueças de mim, a ti é tudo o que eu quero!

Catarina Martins

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Um quase nunca chega


Para uns, considerado um fim terrível, para outros considerado uma dádiva, uma rendição, pois ninguém é realmente feliz, a não ser que seja pobre de espírito.

Todos os grandes querem ser muito grandes, todos os bonitos querem ser lindos, todos os fortes desejam chegar ao extremo e por aí adiante... todos queremos sempre mais, por vezes, até em exagero e quando damos pela nossa existência, já abusámos de tudo e nos perdemos por completo.

Quase que fomos felizes para sempre, mas não fomos. Quase que fizemos amor deitados na lua, rodeados de estrelas, mas não fizemos... E foi este quase que me queimou, entre duas pedras friccionadas. Não gosto do quase e prefiro um não. Pelo menos é uma certeza e não uma oportunidade que se escapou entre as minhas palavras, como o teu amor.

Quase que era, mas não foi e acabei por delinear uma linha suspensa entre dois pontos opostos que me apertavam a noite, mas eu sempre soube... Sonhos são sonhos, pesadelos nunca passarão de pesadelos.

Viver a vida sem a pessoa que mais gostamos não será fácil, mas se a vida não pára, porque seriamos nós a querer pará-la?

Não tenho a mania de viver no Outono, nem nasci para ser folha caída, mas aprendi que para amar não podemos colocar nos outros a responsabilidade de nos fazerem felizes!

Não fomos felizes para sempre, mas quem é? Pelo menos fomos, SEMPRE!

Catarina Martins

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Vou usar o nosso nr como me usaste a mim

Talvez esta não seja a maneira indicada de começar um blog, pois normalmente falamos, como princípio, de nós, mas eu decido começar de maneira diferente! És capaz de ler até ao fim? (...)
Maldito nr. que me persegue, maldito nome com 5 letras que me preenche a mão por completo.
Estou apaixonada e disso não consigo deixar de ter dúvidas.

Por vezes não me lembro tanto de ti, talvez por me tentar abstrair de tudo, todos os momentos passados, mas chego à conclusão que estou apenas a fechar os olhos.
Posso não espreitar tantas vezes e da maneira mais correcta no teu nome, nas tuas fotografias coladas no quarto, no teu sorriso, nas tuas palavras mas, em menos de uma hora, lá estou eu a pensar em ti, como éramos, o que fazíamos, como esboçavas um sorriso só para me ver feliz, o que me sussurravas ao ouvido para me sentir bem.
Nunca tencionaste receber só carinho, tentaste sempre proporcionar-me os melhores momentos, dar-me prazer, fazias-me sentir bem assim, a desejar sempre por mais.
Consigo lembrar-me de todos os momentos que passámos juntos, não escapa nenhum e todos eles foram demasiado bons para agora pensar na forma como mudaste, como me deixaste sem rumo.
Era tudo tão diferente, tão específico, uma riqueza tamanha, possivelmente por tudo isso, eu não consiga deixar de defender a tua existência, todas as tuas características, por mais que me façam entender que és um monstro, até tu próprio o fazes entender.
Que posso fazer? E porquê?
Porque é que tudo correu mal? Porque é que connosco não funcionou como eu queria? Ou como eu e tu, um dia, queríamos?
Nunca existia razão para te mandar abaixo, para discutirmos, era como se fosse o auge, eu e tu, dava certo, era fenomenal.
Talvez serei ridícula ao dizer que só te quero a ti, que só tu é que me cativas de verdade, só tu me fazias feliz todos os santos dias, sem nunca ter razão para discutir, por mais que houvesse vontade ou qualquer tipo de ideia, era quase como a palavra “perfeito”, nunca existiram defeitos para te impor, era isso que me irritava em ti... talvez este seria um defeito, um pouco improvável de se usar.
Por mais que tente deixar-te de lado, só em ti consigo encontrar aquele carinho, telepatia, simplicidade, felicidade, cumplicidade, aliás, a confiança que tinha e ainda hoje tenho em ti, sei que posso contar contigo para tudo e sei que contigo, perto de ti, sou feliz.
 Ainda hoje, acordei e pensei “é hoje, hoje será o dia que o vou esquecer, eu consigo, pois eu quero!”, mas logo que cheguei a casa deitei-me na cama sem querer sair de lá, como se o mundo tivesse a cair por todos os lados, menos ali.
Acabo sempre por adormecer lavada em lágrimas, talvez de sangue, apenas porque o teu perfume, o teu cheiro característico, não me sai do nariz, é intenso, como o teu casccol, como a brisa do mar.
Se eu pudesse mudava tudo, o primeiro olhar, o primeiro toque e o primeiro beijo, apagaria todos os momentos e palavras reveladas.
Sempre me tentaste enganar com todas as frases feitas e ilustradas, tentei nunca cair em ti, mas o desejo era tão maior quanto a vontade e duas palavras tão complexas e complementares, juntas, deixam que tudo caia sobre elas para que passem por cima de tudo e todos.
Contudo, todas as vezes que te respondi de forma negativa, talvez queria ter dito SIM e o esforço para te dizer NÃO fosse gigante, pois ao pé de ti sempre me senti pequena e inútil, eras tão grande e ainda és, mas já não é de cabeça.
Não percebo se tudo isto é raiva ou paixão, até poderia nem ser nenhum deles mas conseguiste retirar muito de mim e nunca o soubeste aproveitar com o devido respeito, mas um dia tudo vai voltar, nem que seja noutra vida; um dia vais-te arrepender de tudo e perceber o quanto erraste comigo, connosco, nesse dia vais querer voltar atrás com as palavras, com as tuas próprias acções e irás perguntar se é possível que tudo volte a ser como antes... eu posso responder-te. Porém, nesse dia, até pode ser que eu mude de ideias e tudo comece do zero mas eu gosto de ser diferente e, neste dia, vou lutar para te surpreender como nunca.
Conheci e aprendi tanto contigo, só tive a ganhar, por mais que fossem resultados bons ou maus, mas agora sei que tenho a oportunidade de virar as costas ao passado, pois esse tem de ser deixado no seu lugar, o tempo que já não volta, provavelmente se o tentar transportar para a minha realidade, será pior.
Eu não quero que te afastes, pelo contrário, pois não estou aqui para te julgar, não sou ninguém para o fazer, aliás, tenho que te agradecer todas as tuas mínimas reacções, intensas ou não, me deixavam significativamente bem, logo que de ti nunca esperei só por aquela companhia de noite abafada, apenas te desejava a tempo inteiro como à muito não queria ninguém.
Desculpa!! Sei que não o deveria pedir, mas não aguento lutar mais, pois, hoje, percebi que não mereço nada do que estou a passar, porque se realmente gostasses ou tivesses gostado da minha pessoa, nada disto estaria a acontecer.
Ainda agora percebo... percebo que gostar de ti era simples mas não eficaz e todos os dias que me chateei, por ti, foram em vão.
Sem qualquer dúvida, atinjo o teu foco e entendo que não sou a pessoa que desejas para ti, mas tu vias-me de outra forma, era um prisma completamente estranho e as palavras eram ditas só por ti e todos os pequenos momentos escritos por mim.
Sempre soube que a minha presença na tua vida, por mais insignificante que fosse, era constante e, quando pensei que pudesses deixar de fazer parte da minha vida, todos os dias, mesmo não me sentindo vazia, sabia que havia algo em falta.
Só me trazes lembranças do passado, crises de choro, experiências aterradoras, segredos, culpa... Passavas comigo um aperto, o tempo que eu precisava, de outro modo, era precioso... emprestaste-me sempre o teu calor, davas-me carinho e atenção.
Seguraste-me, um dia, pela mão dentro da tua camisola, senti-me tão bem e soltou-se um arrepio que de início me senti um pouco estranha, algo que me habituei, pois seguraste-me a ausência, a confissão e a dor; estava tanto frio, era uma loja de desporto, não direi algo concreto, pois não quero que saibas que escrevo para ti e, de qualquer forma, escrevo para mim, para me lembrar de ti, que exististe um dia para mim.
Sinto-me uma desgraçada por não te ter comigo, frustrada por não conseguir que sejas meu como eu queria ser só tua e não consigo lidar com a questão que todos os dias me afecta “à quanto tempo não te sentias assim?”, talvez nem me queira esforçar, possivelmente nem queira mesmo chegar a saber e só tento perceber porque existem situações que não encaixam e me chamam de louca por virar a cabeça ao contrário mas eu sei que um dia irei arranjar solução, simplesmente porque eu e tu éramos tudo e digo-te isto porque juntos era perfeito.
Quando te chamo nomes não é com sinceridade, porque me irritas quando fechas os olhos à verdade e, por vezes, é inexplicável conhecer-te tão bem e só ter percebido agora... até porque sempre fui difícil de compreender e lidar, mas, eu própria, merecia muito mais do que tudo o que me deste e, finalmente, HOJE percebo isso e disso estou certa.
Catarina Martins